terça-feira, 17 de maio de 2011

Chama

Vem que te quero rainha,
Que te dou império
Para além de montanhas impalpáveis.

Vem e traça o contorno
E retrata o invisível notável
E te faz imagem imperfeita
Que torna perpétua tua perfeição imaginada.

Vem sem ter hora,
Sem ter quando
Ou por que.
Chega de vez,
Vês que não te falta
No porto o aperto,
O amparo, o abraço.

Vem e me faz esquecer tua partida
E me faz parte da tua vida
E me faz par de dança
Com esperança de deixar de ser só lembrança.

Você antes distante,
Você nunca ausente,
Você sempre sonhada,
Você ao lado.
Num instante diáfano
Traduz-se no etéreo,
Eterniza o relâmpago.
Teu riso em minha boca,
Os teus olhos vêem o que os meus tocam
E a tua mão me traça as linhas do nosso rosto.

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