quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Trovadores do Cruzeiro (4)



Mas o tempo é bom amigo
E o Altíssimo nunca descansa.
Pois há que esperar
Que dele vem sempre a esperança.
Surge o século novo
Abrindo novos horizontes;
Fazem-se novas luminescências;
Em toda e qualquer nação,
De um jeito calmo e sutil
Vem a bendita revolução
Num dia dezoito de abril!
As vozes falam às consciências
E os homens quedam-se de mãos postas.
Na partitura do invisível
Ressoam divinos acordes, puras notas,
E um verso abençoado,
Que há de ser o lema
Para toda a humanidade,
Maior que qualquer religião,
Ensinando que sem caridade
Não pode haver salvação.

Em todos os rincões,
Nos palácios e nas praças,
Nos sobrados e nos campos,
Sopra o vendo da liberdade.
É independência, é República,
É Reinado e é Lei Áurea;
Ecoam de além-túmulo
As promessas do Pai celeste.
É tempo de trabalho e renúncia:
Rivail abre mão de seu nome,
Bezerra de seu anel,
E Chico seguindo o exemplo do Cristo
Abandonará a si mesmo.
Há alegria por toda parte,
Prepara-se o grande futuro
Unificado sob as bênçãos de Ismael.

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