quarta-feira, 6 de julho de 2016

Tramas




Tecelão de tantas dores,
Me perdi nas tramas
Que eu mesmo fiz pra mim,
Minha alma era um deserto
Que ansiava verdejar.
Tantas pedras empunhei
Que meus dedos embruteci
Até que ouvi o chamado
Da verdade cristalina
Que ofuscou minha visão,
Me mostrou a realidade
Oculta por minha própria ignorância.
E na trama do meu ser
Teceu um novo padrão,
Me mostrou a trilha nova
Que era meu dever cumprir.
No deserto da incompreensão
A que me atiraram os que eram meus,
Esse amor que me invadiu
É um oásis só de luz,
É o recanto onde repouso e fio
No bom combate a que me lancei,
Na delicadeza de outras linhas
Sensibilizo os gestos meus.
Hoje vivo no Senhor,
Sou seu servo,
Sou seu de todo,
Sou o Tecelão de Deus...

Glaucio Cardoso
8/6/2016

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