segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O Mártir



Ardem fogueiras por toda parte,
Do alto é como se estrelas
Se acendessem no solo,
Mas as estrelas são luz
E estas fogueiras
Trazem as trevas.

Ardem fogueiras por toda parte,
Chamas erigidas em nome Dele,
Mas nas quais tantos servos seus
São lançados.

Ardem fogueiras por toda parte,
Anônimos e lembrados
Caminham resolutos ou arrastados
Ao martirológio em nome da fé
Enquanto os céus choram
A insensatez humana.

Ardem fogueiras por toda parte,
E em uma delas
As asas atadas,
A mente liberta,
A fé defendida,
A morte não temida
No testemunho do Testamento
De amor e sacrifício
Em busca da luz.

Ardem fogueiras por toda parte,
Mas as mesmas chamas que consomem
Trazem o calor que forja o aço.
A mesma morte que promete trevas
É passagem para a luz.

Ardem fogueiras por toda a parte,
Arde um ideal,
Arde um sonho
Que há de voar
Em céus tais
Que chama alguma
Há de lhe arder.

Arde a promessa...

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