sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Associações passageiras



Pela janela do trem
Vemos pontas de placas,
Anúncios rápidos e incompletos
Que o olho vê, mas não capta,
E que a mente tenta então decifrar
Ou inteirar.

Joga-se búzios...
Vive-se banzos,
Ausências banais,
Autênticas buzinas
Ressoando buscas.

Vendo uma casa...
De que verbo se trata?
Não sei se é uma casa visível ou vendável,
Talvez vendida,
Talvez servil,
Talvez civil.

Alto índice de aprovação...
Mas já não bastam
As baixas provações?
E por que nem todos aprovam
O que me aprouve?
Será que a prova dos nove
Aprova com dez?
Reprovações, depravações,
Provisões, previsões desprovidas.

Learn to speak…
E me explique.

Bem-vindo a…
Mas traga o b,
Conciso democrático, elegante...
Felicitando galantemente
Humanos invejosos,
Joviais, leves,
Mas não onere
Pobres que respiram sutilezas
Tolamente urgentes,
Vacilantes xenófobos zurrantes.

Passo o ponto...
Passa a ponte,
Passe o pente,
Passo a passo,
Ponto a ponto,
Passa o pote,
Passaporte.

Engenho de onde?
Engenho de quem?
Engenho e arte?
De dentro?
Do inconsciente?
Engenho do interior da mente?
Da engenhosa mente?

Glaucio Cardoso
27/09/2013

Um comentário:

  1. O trem possui rota já acertada pelo trilho, mas ninguém sabe onde irá nos levar...

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