sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Autopsicofonia

O poeta é um cantador,
Canta tão intensamente
Que som chega a supor
Mesmo a pausa mais silente.

E os que ouvem o que ele cala
No tom ausente se detém,
Não por tudo que não fala,
Mas sim pelo que contém.

E assim nos palcos do mundo
Com verso, compasso e refrão,
Traça linhas de baixo profundo
Entre o silêncio e a canção.

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