quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Confissão de amigo

De tempo e de espaço forma-se o que chamam de existência. Concepção, nascimento, experiências, desagregação, eternidade...
Caminhamos em múltiplas formas, rostos e nomes que se sucedem em um contínuo infinito.
Nos encontramos e reencontramos por tempos e ciclos inumeráveis, criando e recriando elos, fortalecendo e estreitando laços.
Que bom é poder olhar pra você, te reconhecer sob a nova face, te presentificar em meus caminhos novamente.
Que alegria saber-te aqui; seja perto, seja distante, mas sendo presente real e pleno.
O tempo que passamos juntos, tocando corações e mentes, sentindo a existência um do outro, é um tempo que será alívio em forma de lembranças quando o vento da saudade soprar em nossas faces.
Cada um de nós é um pequeno ponto de luz em meio às trevas; quando estamos separados formamos imensa galáxia repleta de constelações com as mais diversas imagens.
Em nossos momentos de reencontro, as tímidas luzes que trazemos agigantam-se, transformando-se em imenso sol cujo calor se irradia para todos aqueles que de nós se aproximam, alcançando mesmo aqueles que se julgam afastados.
Por muito tempo caminhamos em retas paralelas; por muito tempo ainda nossos caminhos parecerão nunca se encontrar.
Agora que descobrimos um ao outro; agora que nossas faces não mais se mascaram em meio à multidão; agora que encontramos no outro uma parte de nós mesmos, jamais estaremos sozinhos novamente.
É tempo de arte, de dizer a verdade, de encontrar o amigo e falar de nossos sentimentos.
O futuro está à nossa frente.
O Cristo em nosso pensamento.
O aprendizado em nossas pegadas.
O amigo ao nosso lado.
E acima de nós, apenas a eternidade das estrelas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário