É duro esse constante reinventar,
Esse recriar dia-a-dia,
Esse resistir pela mudança eterna.
É que tudo em torno
Convida ao estagnar,
Ao permanente,
Ao acovardar-se.
E nesses dias
De portas cerradas,
De sonhos adormecidos,
De medo e angústia,
Em que o simples abrir
De uma janela
Nos põe em vista do mundo,
A dureza da permanência
Nos choca,
E chocados,
Espantados,
Assombrados,
Ainda assim nos levantamos
Uma vez mais
E, punho erguido,
Bradamos:
NÃO!
Glaucio Cardoso
(08/04/2020)
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