Ele
me disse no íntimo:
“Vem
e segue-me!”
E
me alertou desde logo
Que
seu caminho
Era
para ser trilhado
Com
os olhos firmes na meta.
Era
estrada pedregosa,
Estreita
e de margens áridas.
Ele
me disse no íntimo:
“Vai
e vence-te!”
E
me ensinou pronto e reto
Que
não cabe ao homem
Ser
melhor que outro homem,
Mas
ser a cada dia
Um
vitorioso de seu eu,
Ser
sem melhor que a si mesmo.
Ele
me disse no íntimo:
“Vem,
toma de meu vinho!”
E
me fez saber do amargo que vem no início
E
das delícias do mais à frente.
Aplacou
a sede que me abrasava
Há
tanto tempo que eu nem sabia desde quando.
Ele
me disse no íntimo:
“Vem,
este é o pão que sou!”
E
saciou minha fome,
Acalmou
meu cansaço,
Deu-me
o alento que nasce
Da
certeza filha da esperança.
Ele
me disse no íntimo:
“Vem
e toca!”
E
preencheu-me de tudo
Arrancando-me
tudo:
Todo
o meu orgulho,
Toda
a minha ilusão,
Tudo
o que nunca foi meu,
Tudo
o que nunca foi eu.
Ele
me disse no íntimo:
“Vem,
a minha paz agora é tua!”
E
desde esse dia
Nada
mais me falta.
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