A
cada dia
me
pulsa o sonho,
o
desejo, o ideal
de
ser melhor a cada dia.
E
se me isolo de tudo
para
não sujar os pés,
para
não ver o que corrompe,
para
não contender
ou
descontentar,
fecho-me
nas minhas certezas
e
não encontro saída
para
as dúvidas que me assaltam.
Então
descubro
que
meu crescer
depende
do outro;
que
é no contato com a lama
que
buscamos a pureza
e
é nos pequenos ou grandes
conflitos
do dia a dia
que
construímos a paz.
Assim,
abandono minha ilha de mim
e
busco sentir
com
os pés descalços
cada
pedra no caminho,
cada
percalço;
vou
de peito aberto
com
o vento a me atingir
e
na experiência de cada momento,
desperto
a luz que dorme em mim.
Aprendo
a dividir,
exercito
o criar
e
encaro meus medos
com
a certeza
de
que é no caminhar
que
encontrarei,
que
forjarei,
que
construirei o meu porvir.
06/09/15
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