segunda-feira, 21 de julho de 2014

Trovadores do Cruzeiro (1)



Ah, planetinha cheio de águas,
Meu pequeno recanto de infinito
Em cujos tantos dos teus continentes
Meus pés já deixaram marcas,
Deixa-me cantar, musa planetária,
As histórias que colhi da eternidade...

As lembranças de uma caravana
Repleta de claridade
Que atravessou mares e paisagens
Tendo à frente a figura extraordinária
Daquele que é proclamado como o Divino Cordeiro
Em cujas faces tão resplandecentes
Traz o sorriso, o amor que do Pai emana...

Nas terras do velho continente
Ou na Galileia adorada
Encontra o Cristo a miséria,
A fome, a guerra, a cupidez.
Êita gente mal agradecida
Que de sua mensagem de paz
Forja fios de espada a serviço
Da hipocrisia tirana
De uma gente corrupta e falaz.

Verte o Cristo uma lágrima sentida
De seu coração majestoso,
É como se então nesse momento
Todas as estrelas do firmamento
Deixassem de uma só vez de brilhar.

Dentre a caravana comovida
Destaca-se Helil pressuroso
Para sua dor apaziguar.
Para terras de virgens matas
Se encaminha o divino cortejo
Divisando o verde, as águas,
Recepcionado por eloquentes cantos
Das aves multicolores
Que embalam os nativos
A dirigir suas preces singelas
Na fé intuitiva no Pai.

Sob o verde das florestas
E o murmúrio das cascatas
O Cristo enxugou suas mágoas
E falou com sua voz bendita
Que para aqueles recantos
Transplantaria sem pressa
A árvore da Boa Nova,
Luz que liberta os cativos.

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