Da
lagarta à borboleta. Do átomo ao arcanjo. Do indivíduo ao coletivo.
Somos todos parte de uma caminhada indefinida que nos
leva ao interior de nós mesmos.
De
quantos passos é feita uma jornada?
Quantos
são os momentos vividos ao longo do caminho?
É
preciso aprender a despertar em nós os sons dispersos que compõem a melodia do
universo.
Todos os sons, cores, gestos e formas existem para
acordar o divino adormecido em nosso esboço de humanidade.
Nos iludimos. Sim, nos iludimos tanto. Acreditamos por
muito tempo que nos manifestamos para ninguém.
Pensamos ver nos espaços vazios a realidade da maneira
que a entendemos.
Doce e amarga ilusão do isolamento. Pois temos diante de
nós um público cativo composto por todos os que cativamos e que participam
desta nossa história, que nos ladeiam por toda a trajetória.
E se percebemos esta sutil conexão, vamos finalmente
cantar a uma só voz, bailar ao mesmo gesto, vivenciar múltiplos atos em
perfeita harmonia. A infinita variedade não anula a infindável unidade.
Somos todos poeira de estrelas das quais buscamos repetir
o brilho, em íntima sintonia com toda a poesia dos mundos que gravitam pelo
cosmo de nós mesmos.
Glaucio
Cardoso
Junho/2014
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