Duas
vias que levam
nossos
passos ao passado.
Caminhos
de volta,
caminhos
de pedra.
É
um lugar onde a saudade canta pra lua
que
devolve as notas
em
beijos prateados.
Os
meus pés de moleque maroto
palmilham
zelosos
na
ânsia de tudo ver.
Um
homem branco de mão estendida
em
gesto de eterno convite e doação.
Lágrimas
que escorrem da pedra
pela
ausência sempre presente.
Um
gigante de aço movido a lembrança,
quantos
lenços já lhe acenaram da estação
hoje
tão outra?
Uma
Índia de tribo nenhuma
lança
uma saudação muda
num
gesto universal.
Beleza
a estender-se até o limite do olhar.
Gente
que espia de dentro das músicas que habitam
e
que se derramam atravessando gerações.
Casas-Músicas-Poemas
guardiões
do tempo.
Conservo
na memória
o
que conserva a história
de
Conservatória!
Glaucio Cardoso
01/11/12
[1] Do Grego Arché = orginário, principal + Pólis: cidade, localidade
civilizada = Cidade Originária (título dado pelo amigo e irmão espiritual
Thales de Oliveira)
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