“Cansei-me
de ser moderno. Quero ser eterno.”
Pablo
Picasso
Arre!
Basta de discursos
e
que venha a discursividade!
Me
vejo farto de teorias,
atolado
em conceitos.
De
que vale tanto falar
se
veda os caminhos indicados?
Só
o que é preciso
é
abraçar a expressão,
é
explodir num brado retumbante
ou
num retumbo bradante,
ou
apenas num silêncio
capaz
de sacudir as pedras.
Há
que se dançar sem medida,
cantar
fora do tom,
fazer
filmes com folhas secas,
na
relva, na pedra ou no cabide,
deixar
corram livres lágrimas
levando
leves lufadas enluvadas.
É
tempo de idolatrar a dúvida
e
retomar o caos primevo.
Jogar
fora tudo o que não chegou a ser
e
“lutar com as palavras” lado a lado
no
vão por onde vão
todos
os vãos desejos a escorrer pelo ralo.
Arre!
Basta de discursos,
e
que venham as palavras!
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