A um passeio
pelo Museu Aeroespacial
Asas
e hélices,
Tela
e metal...
As
águias descansam
Em
imensos hangares
Lembrando
dos céus
Que
tanto cortaram.
Em
tempos de guerra,
Portadoras
do Fogo;
Em
tempos de paz,
Levando
a Esperança;
Em
hora difícil
Levando
o Socorro;
Em
todas as horas
Subindo
ao Infinito.
Vá
ver as Velhas Águias,
As
Eternas Águias,
Mas
vá sem pressa
Para
não ser iludido.
Se
você passar apressado,
Tudo
o que verá será
Metal,
madeira, parafusos,
Rebites,
tela e óleo a pingar.
Não,
não tenha pressa,
Passe
devagar,
Pare,
olhe e veja...
Passe
devagar e verá
O
remédio chegando
Onde
não há estrada;
Uma
aldeia perdida
Depois
da curva do rio.
Passe
devagar e verá
O
filho que voltou pra casa,
A
guerra que acabou,
A
saudade dos que não voltam,
Passe
devagar e verá
Um
pôr-do-sol visto do alto,
Um
céu azul acima das negras nuvens,
O
silêncio de um voo noturno,
O
impossível tornado viável numa pirueta.
Passe
devagar e verá
O
passado vivo no tempo,
O
presente marcado no agora
E
um futuro bom de lembrar.
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