Gaia
sagrada,
Mãe
terna de tantos povos,
Quando
meu corpo se cansa
E
minha alma pestaneja,
Tu
me dás o colo,
O
acalanto, o aconchego.
Lanço-me
à relva
E
nem me importo
Em
tornar-me um
Com
meus irmãos
Que
carregam folhas cortadas,
Que
fazem o húmus renovador,
Que
cricrilam canções inesperadas.
Me
embala, mãe planetária,
Recebe
este teu fruto de volta ao ventre
E
me gera, geratriz, regenera pra eu renascer.
Sou
teu filho fruto falho,
Em
cujas minhas veias
Corre
o magma criador,
As
águas purificadoras,
A
seiva vivificante.
Quero
enraizar-me em harmonia
Até
confundirmos as superfícies,
Fotossintetizar
em luz e vibração
Os
movimentos de nossos íntimos.
E
em gesto de gratidão
Quero
também ser aconchego,
Quero
também ser mundo,
Quero
também ser terra,
Quero
também ser mãe,
Quero
também ser Gaia.
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