quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O Faraó



Quando o Sol
Derrama-se nas ruínas de Karnak,
As sombras contam
Antigas histórias.

Quando o Sol
Passa pelas pedras eternas,
Estranhos sussurros
Soam em silvos
Ao vento.

As areias guardam memórias
Dos pés que ali pisaram,
Dos joelhos que ali se dobraram
Das vozes que ali se elevaram.

As rochas ainda observam
Saudosas daquele que em busca da luz
Ousou louvar ao Sol.
 Ousou louvar a Um só.

Em busca da luz
Enfrenta as trevas
Que tentam afogar-lhe
A existência,
Apagar sua história.

Mas as rochas se lembram,
As areias contam,
As ruínas lamentam
E o Sol ainda brilha.

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