sábado, 29 de novembro de 2014

Auctoritas¹




Ah! um epíteto!
Denominação que me rebatiza
E me dá consciência devida
Do papel que me cabe
Não representar tal qual bufão
E histriônico clown,
Mas vivenciar em
“atos, exemplos e fatos”.
Um epíteto que chega
Quando não era esperado
Embora há muito buscado.

Sou eu agora
Aquele que faz trovas, versos,
Rimas ou não,
Mas acima de tudo
Um trovador das terras
A seguir o caminho dos antigos
Que cantavam pelas sacadas,
Que loavam sobre façanhas,
Que passavam pelas cortes
E arrabaldes, alaudescamente.

Mais que um rótulo,
Um epíteto é um manto,
Que sabe sagrado,
Quem sabe profano,
Mas um manto a ser envergado,
A ser lavrado.
E enquanto lá no infinito
Brilham as estrelas do Cruzeiro,
Cá no solo tenho o dever
De tentar fazer brilhar
A luz que ainda busco.

1-Responsabilidade (Latim)

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