Ah,
mãe primordial,
África
de tantos primores,
Que
espalhou suas sementes aos quatro cantos,
Teus
filhos regaram o solo com suor;
Choraram
as lágrimas do amargo degredo
Que
junto com seu sangue vão fertilizar
Cada
torrão desta oficina de resgate.
E
mesmo cansados da labuta
Ainda
entoam cantos de louvor,
Intimamente
sabedores da lei de evolução.
Laroiê
Exu que liga os deuses aos homens
No
saber ancestral da comunhão com o astral!
Epa
epa Obatalá que das oliveiras do tempo
Pede
a Olorum, o pai inigualável,
Que
plante e semeie a caridade
No
coração das gentes que a fé congraça.
Os
nomes tão diversos não escondem a realidade:
É
uma só essência, uma só verdade.
E
se Brasil e África se encaixam nos mapas,
É
por conta da irmandade inviolável
Que
não reconhece cor nem raça.
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