Para B.
Eu
já bati meus pés descompassados
Ao
rufar de ritmos ancestrais,
Quando
era parte do rio e do peixe,
Irmão
das aves e amigo dos grandes predadores.
Eu
também já tangi cordas sensíveis
Em
tons orientados no oriente,
Dissonâncias
harmônicas que nunca deixei.
Em
outras terras
Cantei
em uníssono com os mártires
Depois
de ter prostrado-me perante o mármore.
Já
orientei minha cabeça
Aos
pais e mães astrais
E
era um fruto da negra continência
De
muitos ritos,
Tantos
mitos e matizes,
Cantando
em línguas inesquecidas
Minha
própria ancestralidade.
Já
andei tanto e movi moinhos,
Já
abri e fechei tantos caminhos,
Já
dancei em tributo à vida
Ávida
de viver.
Em
tudo eu buscava
Aquele
que É vários,
Centenas
ou milhões,
Que
É UM e não tem nome,
Mas
que é chamado de...
E
atende a todas as vozes,
Como
atendeu a minha.
Glaucio Cardoso
31/01/2014
Um poema a se acreditar: amém.
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